sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Peças e buracos.


Cada pessoa que passa em nossa historia ocupa um espaço único que jamais será preenchido por outra
Como num jogo infantil de encaixe, assim funciona a vida, vamos recebendo do destino peças únicas de formas, tamanhos e importâncias diferentes, que, entram no jogo de formas diferentes causando reações, sentidos e marcas diferentes, pois em outra sinapse, na vida somos inicialmente um plano perfeito e as outras peças que recebemos do senhor dos jogos, fazem o seu "buraco" em nós, portanto, como não existem peças iguais, sempre o buraco deixado por uma, jamais será igualmente preenchido por outra, e alias, nem deve.
Erramos ao achar e tentar preencher as lacunas de nossa história com outras peças, pois isso alem de não dar certo, machuca sempre a peça e fere a nós mesmos, pois como já sabemos cada peça e cada espaço criado por ela é único. Logo uma não esta preparada à outra, forçar a uma entrada indevida num espaço onde de antemão estava outra peça, não resolveria o problema. 
Além disso, é falta de respeito com as "peças" dar a elas uma importância de preencher um espaço de outrem, se o espaço não foi criado para ela. Cada um deve propiciar ao outro um novo buraco um novo espaço uma nova experiência. Assim respeitando-se a importância da unicidade do ser, do tempo de encontro e adaptação ao novo, permitindo a primazia da experiência nova, sem mácula, sem cobranças, sem forçar ocupar, preencher requisitos, e lacunas anteriores.
Nisso consiste a alegria de viver, deixar-se esburacar, com respeito é claro. Deixar as lacunas antigas para o tempo, só ele tem a capacidade de fazê-las menos sensíveis, não de preenchê-las, pois de fazer isso só às próprias peças tem a capacidade, mas de tornar menos dependentes e mais felizes.

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