Cada pessoa que passa em nossa historia ocupa um
espaço único que jamais será preenchido por outra
Como num jogo
infantil de encaixe, assim funciona a vida, vamos recebendo do destino
peças únicas de formas, tamanhos e importâncias diferentes,
que, entram no jogo de formas diferentes causando reações, sentidos e
marcas diferentes, pois em outra sinapse, na vida somos inicialmente um
plano perfeito e as outras peças que recebemos do senhor dos jogos, fazem o seu
"buraco" em nós, portanto, como não existem peças iguais, sempre o
buraco deixado por uma, jamais será igualmente preenchido por outra, e alias, nem
deve.
Erramos ao achar e
tentar preencher as lacunas de nossa história com outras peças, pois isso alem
de não dar certo, machuca sempre a peça e fere a nós mesmos, pois como já
sabemos cada peça e cada espaço criado por ela é único. Logo uma não esta preparada
à outra, forçar a uma entrada indevida num espaço onde
de antemão estava outra peça, não resolveria o problema.
Além disso, é falta de respeito com as "peças" dar a elas uma importância de
preencher um espaço de outrem, se o espaço não foi criado para ela. Cada um
deve propiciar ao outro um novo buraco um novo espaço uma nova
experiência. Assim respeitando-se a importância da unicidade do ser,
do tempo de encontro e adaptação ao novo, permitindo
a primazia da experiência nova, sem mácula, sem cobranças, sem forçar
ocupar, preencher requisitos, e lacunas anteriores.
Nisso consiste a
alegria de viver, deixar-se esburacar, com respeito é claro. Deixar as lacunas
antigas para o tempo, só ele tem a capacidade de fazê-las menos sensíveis, não de
preenchê-las, pois de fazer isso só às próprias peças tem a
capacidade, mas de tornar menos dependentes e mais felizes.
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