quinta-feira, 19 de julho de 2012

ralacionamento, fato e PONTO


O ser humano não nasceu para viver sozinho. PONTO.
e por isso de ante mão adianto-lhes que de nada valem essas mil filosofias de vida
pseudo-suficientes, que buscam apenas iludir as pessoas.
O fato é concreto. Morfologicamente somos criados para completar na literalidade do sentido uns aos outros.


Essa carência de "acabamento" e "complitude" na qual nascemos e somos sujeitos a viver condiciona-nos a buscar esse complemento do nosso próprio eu.
De uma maneira ou de outra, voluntariamente ou não essa busca também condiciona-nos a farsas sistêmicas e falhas inevitáveis. Do vazio que sentimos numa madrugada fria, ou aquele aperto no peito que temos e sentimos sem "explicação" quando pensamos na solidão.
Dentro de nossas capacidades infinitas entretanto condicionadas a finitude e efemeridade de nossa condição humana está contida  a razão por qual temos tantos medos, tantas patologias e paralisias.
Temos medo de morrer só, isso também é um fato. PONTO.
E não é nada difícil perceber isso em nosso cotidiano


Temos criado métodos de ilusão desde o primórdio dos tempos para afastar de nós a imagem de que somos tão vulneráveis. Não acredita? quer fazer um breve teste? olhe sua ultima semana, quantos momentos só seus você teve? quantos minutos conseguiu ficar com o som do carro ou do escritório desligados? ou sem andar na rua com os ouvidos entupidos por um ipod? em casa sem ligar o televisor? ou simplismente parado em sua sacada a observar a magnifica criação que Deus nos deixou? 
Temos medo de ouvir o que há dentro de nós, isso também é um fato. PONTO.
Porém quanto mais nos cobrimos de armaduras, mais nus ficamos diante dos mais simples "perigos" sazonais.


Quem de nós já não pegou o celular pra dar aquela disfarçada e fingir que não esta olhando para outra pessoa, enquanto olha?, ou quem de nós, não conheceu alguém que pela tela do computador era filósofo, bíligue, sarado, santo, rico e entre outros mil atributos e que por  mero acaso o trombou num café da padaria na esquina e percebeu que o super homem do século XXII não sabia nem como segurar o talher... ou que aquele bonequinho do msn que você ignorou por deveras e incansáveis vezes, mas que numa terça-feira chuvosa  você resolveu dar uma chance de encontra-lo e descobriu ali um Lord inglês?


A vida moderna em suas inúmeras comodidades tem transformado o ser humano. Nas ultimas décadas aprendemos a cultura do descartável, não sabemos se quer concertar um brinquedo, brincamos hoje de concertar a cara, descartamos a conversa , afinal twittar, ou fazer um post no facebook é lei, e pecado imperdoável é não ter as fotos mais incríveis de viagens internacionais (mesmo sendo essas um fake). fazer check in nos lugares mais badalados é passaporte para a vida social e postar frases de Clarice Lispector e Vinicius de Moraes sem nem ter nunca pegado na mão um livro deles é super in.


A lástima que nossa inteligência e tecnologia por mais avançada que seja, jamais conseguirá criar computadores que deem um abraço apertado, que segurem nossa mão no escuro,que peguem no colo para dar conselhos sinceros (não que eles não deem conselhos, mas sinceros...).
A lástima que nos julgamos tao potentes em construir e inovar, e na realidade até somos, mas, criar não vem de nós. nunca poderemos criar um gênero substitutivo ao outro ser humano.

Dae decorre dilematicamente a subsistência da procura incansável pela "tampa da panela", "metade da laranja" o "chinelo pro pé descalço", a problemática da questão não é a existência destes complementos de nós espalhados pelo mundo, mas, como e onde procuramos.
O fato acima de todos os fatos é que o ser humano nasce para amar. O amor é a vocação humana! Na procura do amor consiste a ciência da vida.e unicamente se realiza no amor encontro supremo da totalidade.
o ser humano deve amar. FATO. PONTO.
E CONTRA FATO NÃO HÁ ARGUMENTO. PONTO