sexta-feira, 29 de maio de 2015

Violenta e inigualável vida

Violenta e inigualável vida
Dois, três, um passo e mais...
Chegam pessoas,
nesse tal de entra e sai,
como se fossem grãos de areia
que pela amo da criança se esvaem
e pelo caminho dela ficam, e caem ...

Entram e vão...
e permanecem sem pedir, partem sem se despedir
a cada dia mais...

E não há choro ou vela
não ha responsabilidades ou aspirações
desejos certos e emoções que as façam ficar.
Dois corações batem e logo depois se odeiam,
e pensamos nos tempos perdidos e nos amargos
nos sorrisos sinceros e sonhos de algodão.
Sentimos o sabor dos doces lambidos e desaparecidos
nos vidros de janelas das almas riscados...
nos destroços que formam as construções obsoletas
e nos barracos que abrigam as verdades
e nas mentiras em mansões assombradas.
nos inversos dos reversos dessa vida desgraçada e sorrida
de mais partidos que partidas
de chegadas e saídas
de perdidos sem achados
de roubados sem razão
de piores sem perdão
de sabores e apreços, mesmo, por  seus tais terem o preço!
Por isso mesmo! Violenta e inigualável.
Vida