Olhando um para o outro
Pensando no que dizer
Em Nossas cabeças transitando palavras que não desenrolam da boca
Nossos sentimentos brigando por dentro para sair
Por um grito que seco na boca não vem em resposta.
Mas todas as vezes que nossos olhares se atraem algo acontece
As guerras cessam
Os céus se abrem e as flores dos Campos desabrocham
Trazem um exalar excitante
Que fascina, contrai e pulsa...
Como exército em ordem de batalha
Água que desce dos altos cumes, incontrolável
Como o sopro de Deus dando vida a criação
Insaciável como o assassino e sua presa
Como o milagre da ressurreição
Que se renova sem morrer e vive só da esperança de um simplório acreditar
Que tem a força capaz de mover as montanhas e desmontar os muros
Saltar sobre todos obstáculos e fazer vencer
E tudo que precisamos
Estamos aqui
Olhando um para o outro
Pensando no que dizer
Em Nossas cabeças transitando palavras que não desenrolam da boca
Nossos sentimentos brigando por dentro para sair
Por um grito que seco na boca não vem em resposta.
Mas todas as vezes que nossos olhares se atraem algo acontece
As guerras cessam
Os céus se abrem e as flores dos Campos desabrocham
Trazem um exalar excitante
Que fascina, contrai e pulsa...
Como exército em ordem de batalha
Água que desce dos altos cumes, incontrolável
Como o sopro de Deus dando vida a criação
Insaciável como o assassino e sua presa
Como o milagre da ressurreição
Que se renova sem morrer e vive só da esperança de um simplório acreditar
Que tem a força capaz de mover as montanhas e desmontar os muros
Saltar sobre todos obstáculos e fazer vencer
É só de um toque
De uma fagulha
Um frangalho de matéria
Um átomo para um universo
Meu e seu, acontecer em um beijo
Teu amor que me dás a forma
E molda-me como as sinuosas caudas dos rios
Atravessando as enormes planícies dos tempos
Ora fáceis e ora pedregosos...
Porém sempre como fogo e gasolina
Subindo contra os cumes e montes
Estralando a palha ardente a se consumir
E transformar-se em possessão
Ora divina, ora transcendental
As vezes por medo (de perder)
E por receio de deixar-se permitir
A tua pele quente e fina corta me como lâmina ao atravessar meu corpo
E seus pelos arrancam-me o frio do inferno dessa desgraçada vida
De desgraçadas coincidências, e encontros fatais.
Como esses nossos desatinos malditos, desejados e esperados
Como a dor que sinto a briga
Em que meu coração estica de tanto pulsar até sair pelos olhos
E derramar-se sobre meu colo
Só pra ver se me consololo e te reencontro
Para ficar calado, olhando teus olhos verdes bravos e que me seduzem
E me conduzem a este mais estimado matadouro
Que procuro desde o dia
em que deixei minha vida entrar em direção à sua
e perdi o medo da solidão,
a vergonha na cara
e encontrei o que me faz respirar até resistir a toda forma de tortura e dor
O meu amor. Você!