Vendo-me perdido e triste...
com a sensação do erro
com pesar pensando na escolha mal feita,
no presente não sucedido,
no objeto de desejo perdido ou no desencontro.
Sofrendo... percebo que o que se tem é o desembaraçar das apostas feitas
sabendo que apenas o que se possui é fruto daquilo que se quis e se elegeu
e que a importância do presente poderia ser diferente, mas, não é e nem nunca será!
Assumo então:
Que os meus arrependimentos não mudam o construido,
não fazem retornar as oportunidades,
não transformam realidades,
não amenizam a dor.
Os meus arrependimentos não constroem futuros...
não trazem o perdido,
não desfazem a minha escolha.
Esses malditos arrependimentos não me servem de nada...
No entanto..
"Arrependido escrevi essas linhas
apenas por desabafo...
Pena que elas não mudem
aquilo que me faz sentir essa dor... "
domingo, 22 de setembro de 2013
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Eterno
eu não sei se vou durar pra sempre
eu não sei se o sempre pode existir...
não sei se depois da porta existe o infinito
ou se os homens podem suportar isso
eu não sei se estamos no barco da passagem
ou se somos universos a navegar
não sei onde é o começo, nem o fim...
nem se a verdade existe ou há necessidade dela...
precisamos saber de tudo?
ou precisamos ir?
não desejo saber
nem desejo ir ou ficar
meu desejo é permanecer
transfigurar, elevar minha alma
ser barro, feito de lama
obra prima destrutiva e eterna...
por isso quero que minhas cinzas se espalhem pelo vento
quero que minhas lagrimas molhem os jardins
quero que todos os ventos me levem
e todos os rios me escorram
eu não quero terminar no fim
nem ficar pra semente
não quero que os meus sonhos acordem fora da minha cama e
morram sem mim
eu quero brotar...
não sei onde é o começo, nem o fim...
nem se a verdade existe ou há necessidade dela...
por isso quero que o meu calor espante o frio
quero que o azul do céu encha os olhos
que o verde que que colore as florestas seja o colírio
e nos faça enxergar
quero ser a força dos raios na tempestade
sentir a potencia dos furacões
não deixar que nenhuma onda do mar toque a praia
se não estiver apaixonada
quero testemunhar os homens pelos tempos
quero que me sintam nos abraços
eu quero que os meus gritos ecoem
até entrarem nas conchas do mar e arrastarem-me pela areia dos continentes
eu quero que os meus anéis e tesouros derretam
que minhas riquezas virem pássaros a voar
eu quero que minhas propriedades alimentem os famintos
que minhas raízes se finquem num abismo
eu quero sugar a força das profundezas
me alimentar do amor infinito
eu não sei se vou durar pra sempre...
eu não sei me despedir querendo ficar
eu não sei se devemos ir...
não sei se conseguimos aprender em uma vida só o que é o amar
eu não sei se vou durar pra sempre...
não sei onde é o começo ou o fim
eu não sei onde existem verdades
e a quem elas interessar?
se podemos ser eternos mortais
mesmo morrendo, ressuscitando no amar
para sempre viveremos ...
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