segunda-feira, 27 de maio de 2013

Se foi...

Hoje senti falta, mas, lembrei que já se foi(...)
O que foi não volta se não quer.
Se esse foi querendo ir, por que esse voltaria?
Se queria ficar, por que se foi então?
Se era pra ter saudade, que esta fosse apenas o intervalo.
Que se era pra ter, que fosse aqui ao lado
e não longe...
Se era pra voltar, que nunca antes tivesse ido...
 E se fosse, que levasse a saudade junto, com a falta e com  tudo...

A falta,  remédio só tem se mata...
E me mata de saudades
E me mata de vontade
me mata aos bocadinhos...
até matar tudo o que sou e sinto
pena que o amor é imortal.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O que vi da vida...




Da dor: a inspiração
a exumação final, o sentimento...
Das luzes: A mente
dos pensamentos: o que vive, ou mente...
Da reflexão, o senso...
Dos ornamentos: O alimento, ou a semente...
Da fome: A voracidade
a velocidade e o desespero.
Da cruz: A força.
Dos encontros: O que se leva, ou se perde...
Da felicidade, o sorriso,
do seus, os meus, as nossas...
Da partilha: Os amigos.
Da maldade secreta, a traição.
Da simplicidade: A lição.
Da persistência: A graça e a benção.
Da voz: A palavra.
Do silêncio pleno, o som...
Das notas: Os acordes
Das verdades, quem concorde, ou descorde...
Da fé: A potência.
Da construção prática, o milagre.
Do medo: A grade.
Dos grandes: O perdão e a generosidade...
De mim, a história
a experiência vivida, a sorte.
De Deus: A vida, tudo...
O humano e o nada esses já bastam.




Os Sonhos.



Presos,
Os sonhos pairavam sobre o ar...
atrelados aos desejos,
deslizavam...
Trancafiados as necessidades
apedrejados pela realidade
dentro da mão escorregavam
por entre os dedos...
atrás dos muros e depois dos medos
sonhos também...
como óleo escorrendo das mãos do criador
descendo e enchendo de mel a terra
sonhos também...
sonhos decepados, sonhos depredados,
esses, podem se salvar?
dos sonhos macerados e decepcionados
dão-se esses pra encarar ...
todos tão lindos... todos sonhados
mesmo sendo esses sonhos marcados
esgueiravam-se
e iam indo...
Os sonhos ...
presos entre os dedos pairavam sobre o ar...

quinta-feira, 2 de maio de 2013

UMA VIDA, HÁ TEMPO?


O que seria o tempo do relógio sem ponteiro?
o que seria do compasso, descompassado?
o movimento sem ser ordenado?
as cores libertas sem pincel, as letras distintas, loucas e fora do papel?
as ideias sem os ideais?
os gritos longe das bocas, e as vozes sem tom sendo roucas?
as mães sem filhos?
os pássaros sem asas e nem ninhos?
a vida sem regras e as regras fora da vida?

o que seria o homem, sem o humano(...) ou o humano sem a carne?
a alma sem o pecado e o passado sem os erros?

o que seria a história sem os acontecimentos?
as construções sem o concreto, o vergalhão e o cimento?
as obras sem os braços?
as comemorações sem os abraços?
o choro sem lagrimas?
os pisos sem as calçadas?
os rios sem as águas? e os oceanos o que seriam?

o que seria a humanidade sem o homem?
o que seria a fraternidade sem a desgraça?
o que seria a beleza sem a feiura?
o que seria a piada sem o riso?
o que seria a partilha sem a necessidade?
o que seria o remédio sem a dor
o que seria tão importante nessa terra, se não o amor?


uma vida, ha tempo?
numa vida, ha espaço?
uma vida! apenas uma!
longa e curta...
intensa, desconexa e frágil...
repleta de encontros e destinos
sorrisos, surpresas e desatinos,
repleta... de pessoas, de coisas, de vida...

O QUE SERIA A VIDA SEM VIVER?