quinta-feira, 2 de maio de 2013

UMA VIDA, HÁ TEMPO?


O que seria o tempo do relógio sem ponteiro?
o que seria do compasso, descompassado?
o movimento sem ser ordenado?
as cores libertas sem pincel, as letras distintas, loucas e fora do papel?
as ideias sem os ideais?
os gritos longe das bocas, e as vozes sem tom sendo roucas?
as mães sem filhos?
os pássaros sem asas e nem ninhos?
a vida sem regras e as regras fora da vida?

o que seria o homem, sem o humano(...) ou o humano sem a carne?
a alma sem o pecado e o passado sem os erros?

o que seria a história sem os acontecimentos?
as construções sem o concreto, o vergalhão e o cimento?
as obras sem os braços?
as comemorações sem os abraços?
o choro sem lagrimas?
os pisos sem as calçadas?
os rios sem as águas? e os oceanos o que seriam?

o que seria a humanidade sem o homem?
o que seria a fraternidade sem a desgraça?
o que seria a beleza sem a feiura?
o que seria a piada sem o riso?
o que seria a partilha sem a necessidade?
o que seria o remédio sem a dor
o que seria tão importante nessa terra, se não o amor?


uma vida, ha tempo?
numa vida, ha espaço?
uma vida! apenas uma!
longa e curta...
intensa, desconexa e frágil...
repleta de encontros e destinos
sorrisos, surpresas e desatinos,
repleta... de pessoas, de coisas, de vida...

O QUE SERIA A VIDA SEM VIVER?


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