quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

3:14


São 3:14 da manha
Não dormi
Ainda escuto sua voz
Ecou o som pelo universo, do lado de fora
Eu reverso, me sinto...
Preso a uma jaula sem grades
Amarrado ao tigre faminto
Num barco a deriva
Sozinho...
No topo de uma montanha 
Sem asas para voar
Por que você levou meu coração.
não poderia ter deixado um pedaço de você,
já não basta cortar meus pulsos e atar as minhas mãos?
Precisava arrancar meu chão?

São 3:14 da manha.
A garganta sufoca
A boca seca
O que se ouve em minhas mãos suadas
O que se sente em meus ouvidos molhados
Não se degusta a olho nú
É terrível, desesperador
Ser um ser destinado
Ha uma falta abstinente.

Por que temos que partir olhando pra trás?
quando queremos apenas dizer verdades.
Será mesmo que não da mais?
Cabe implorar?

Sei que devo ir, assim sem olhar
Mas mesmo que queira e tente a todo minuto
no bar que te conheci
na noite que mudou nossas vidas
no momento em que segurei seu braço
sempre serão 3:14 da manha
E não consigo nem quero parar de pensar em você.

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