sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sem adjetivos.


Seca,
a boca, sem palavras se cala.
Sem adjetivos, Quase implora,
Mas, língua não pronuncia fala,
em nada se cala, engole o vazio.

Ao longe,
dançam a valsa...
O som e a fala, indiferentes...

Os ouvidos
vagam ao ermo medicantes
pela voz suplicando
a misericórdia de um timbre.
Que se nega e se cala.

Árida,
à garganta definha por compaixão.
Sem adjetivos
esmola pelo ar
mas, desertam-lhe rumores e gemidos
inexiste-se em nada, traga a solidão

Roga, clama e intercede à sentença:
A escória de um choro,
o romper do silêncio 
de um ruído a dádiva.
O milagre, a fala!
Das palavras
o som da voz.





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